Foi bastante interessante a visita ao museu das telecomunicações OI FUTURO, em B. H. . O espaço apresenta formas de interatividade entre usuário e sistemas de informação. A linha do tempo, por exemplo, permite que o usuário, ao mover uma barra manual, selecione uma das datas impressas em uma superfície e vislumbre imagens da época. Para ouvir o som, por meio do uso de "head-phone" neste e em outros aparelhos basta acionar o "play" de um controle remoto. Um outro tipo de interatividade interessante consiste na possibilidade de criar sons ou de regular o volume do som por meio de movimentos sem tocar o aparelho chamado MOOG THEREMIN. Esse aparelho funciona a partir do acionamento de sensores infravermelhos e dialoga com o sistema interativo de luz e sons desenvolvido por Christian Moeller chamado AUDIO GROVE. Esse é um dos caminhos possíveis para se alcançar a arquitetura virtual, a qual propõe uma plenitude na forma de usufruir do espaço. É sempre bom enriquecer nosso vocabulário visual, pois nada mais somos do que meras intertextualidades. Segundo Herman Hertzberg, nem o arquiteto nem os demais profissionais e cidadãos devem ocultar suas fontes de inspiração ou tentar sublimá-las. Isso não é possível. Melhor seria se assumíssemos que precisamos, sim, tomar emprestados os olhos dos outros para enxergarmos de um ponto de vista inédito, até então, para nós. A partir desses valiosos olhares, selecionamos o que precisamos num determinado momento para levar adiante um trabalho, uma idéia ou, até mesmo um ideal. Certamente, não seremos nem de longe meras fotocópias do outro, pois ao unirmos fragmentos de várias idéias à nossa própria idéia, criamos uma complexidade infinitamente mais rica e bem argumentada e, como a água de um rio nunca é a mesma, as idéias sempre evoluem se se deixarem ser compartilhadas até o esgotamento, ou antes disso.
quinta-feira, 17 de abril de 2008
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